"Para começar, passamos boa parte da nossa vida de estudantes direcionando esforços para estudar aquilo que muitas vezes não temos habilidade"
Ninguém é bom em tudo! Seria bom se tivéssemos todas as habilidades e não precisássemos de outras pessoas para realizar atividades e tarefas.Além de isso ser irreal, também não teria a mesma graça se fôssemos todos iguais.
Para começar, passamos boa parte da nossa vida de estudantes direcionando esforços para estudar aquilo que muitas vezes não temos habilidade. Na prática isso significa ter de estudar muito mais aquela matéria que temos dificuldade para – com sacrifício – ficar na média. Afinal, é melhor atingir a média em tudo do que ter nota super alta em umas e nota baixa em outras, não é mesmo?
Concordo que essas são as regras do jogo enquanto somos estudantes, mas quando falamos de desenvolvimento e amadurecimento pessoal e profissional, é fundamental conhecermos quais são nossas reais habilidades. É isso mesmo: precisamos conhecer e reconhecer aquilo que fazemos muito bem, aquilo em que somos bons. Algumas pessoas confundem isso com arrogância, mas não tem nada a ver com isso. Arrogância é se achar melhor do que os outros porque tem determinada habilidade e não reconhecer que outras pessoas possuem qualidades também.
Eu sempre tive dificuldades com matemática. Achava que as pessoas que tinham facilidade com essa matéria eram mais inteligentes do que eu. Demorou um tempo para eu perceber minhas reais habilidades e reconhecer, por exemplo, que minha criatividade era de fato um ponto a meu favor.
Por que reconhecer pontos fortes e fracos é importante para a carreira de um profissional? É simples. Conhecendo-os, cada pessoa pode focar seus esforços naquilo que realmente gosta, no que lhe dá prazer e permite que apresente melhores resultados. É comum na divisão de tarefas no mundo corporativo que um líder fale: “fulano cuida de tal parte do projeto porque ele é bom nisso.” Prestar atenção quando somos sempre escolhidos para fazer algo é uma ótima maneira de saber mais sobre nossas habilidades.
Em geral, tendemos a reconhecer as qualidades dos outros, pois nos chama a atenção a facilidade daquela pessoa em determinada tarefa. Mas quando a facilidade é nossa, nem sempre somos capazes de reconhecê-la. A impressão que se tem é que aquilo que é fácil de fazer não necessariamente tem valor. Se focarmos nossa energia somente em melhorar nossos pontos fracos, corremos o risco de nos tornarmos “medianos” (lembra dos tempos de escola?) e, certamente, esse não é o sonho de nenhum profissional.
Falo aqui de habilidades que vão além de conhecimentos. Falo de comportamentos, ou seja, características pessoais marcantes que produzem um resultado positivo. Por exemplo: tem pessoas que se comunicam e falam muito bem, outras pessoas são ágeis em resolver problemas e tomar decisões. Todos têm características positivas que devem ser utilizadas a seu favor.
Se você não tem ideia de quais sejam suas habilidades, sugiro que responda às seguintes perguntas:
- O que eu faço muito bem? O que faço bem desde a infância?
- Pelo que sou reconhecido por meus colegas, família, professores?
- Em que situações me sinto muito bem?
- Em que situações eu fiz a diferença? Por quê?
Na sequência, envie perguntas semelhantes a estas para pelo menos cinco pessoas em que você confia. O ideal é que sejam pessoas que te conheçam bem como parentes, amigos ou colegas de trabalho. Depois compare o conteúdo das respostas com as suas e busque concluir quais são as suas facilidades, suas habilidades.
Conhecendo aquilo que você faz bem, fica mais fácil: escolher as propostas de trabalho que te deixarão mais satisfeito profissionalmente; conseguir um aumento de salário ou reconhecimento do chefe; e ter sucesso na sua carreira. Essa reflexão é importante para evitar que você passe a vida toda fazendo o que você menos gosta e, consequentemente, colhendo menos frutos do que poderia. Permita-se descobrir o que te faz feliz!
Fonte: Administradores
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