Em uma economia, ao analisarmos os fatores que compõe o processo de formação da Renda, concluímos que todo esse processo se origina pelas necessidades que o homem tem de sobrevivência e bem-estar.
Como definição econômica:
RENDA: É a remuneração dos fatores de produção.
Os principais fatores de produção são: TERRA, CAPITAL e TRABALHO.
As remunerações desses fatores são:
- TERRA ------------- Aluguel
- CAPITAL ----------- Juros
- TRABALHO ------- Salários
Como o somatório das remunerações (Renda = Aluguel +Juros + Salários) podemos definir que a RENDA = PRODUTO.
O pagamento pela aquisição dos BENS ou utilização deSERVIÇOS, essenciais às nossas necessidades de sobrevivência, denominamos CONSUMO.
Em uma economia equilibrada, partimos que a RENDA recebida não é totalmente utilizada para o setor CONSUMO, sendo assim, a RENDA após as despesas de consumo gera um excedente de recursos, o qual chamamos de POUPANÇA.
Assim, podemos afirmar que o nível de POUPANÇA está ligado diretamente ao nível da RENDA e de CONSUMO. Para que ocorra um aumento no nível de POUPANÇA, é necessário que haja ou uma elevação do nível de Renda ou uma redução no nível de CONSUMO.
O nível de POUPANÇA de um país é fundamental, pois implica diretamente no nível de INVESTIMENTO dos agentes econômicos.
Neste caso, podemos definir Investimento como sendo a utilização dos recursos de POUPANÇAS, em atividades produtivas que poderão no futuro, aumentar a RENDA.
Dentro dessa análise, não podemos deixar de indicar as taxas de juros praticadas na economia, a variação dessas taxas é um fator determinante do nível de CONSUMO, quando as taxas estão elevadas, existe uma tendência de redução do CONSUMO e automática elevação da POUPANÇA proporcionando assim maiores recursos para o INVESTIMENTO.
Sendo assim, verificamos que a RENDA oferecida pelo sistema de PRODUÇÃO é heterogênea, ou seja, temos agentes econômicos SUPERAVITARIOS (que têm excedente de renda porque a RENDA é maior que o CONSUMO e, assim dispõe de POUPANÇA) e agentes econômicos DEFICITÁRIOS (que não dispõem de excedentes de RENDA porque o CONSUMO é igual ou maior que a RENDA) que necessitam de CRÉDITO para complementar suas necessidades de CONSUMO.
As unidades econômicas superavitárias desejaram aplicar suas POUPANÇAS para maximizar seus ganhos e uma das alternativas de faze-lo é recorrer a MERCADO FINANCEIRO, investindo suas economias em títulos para receber um ganho ao final de um determinado período.
Para concluir, podemos afirmar que o MERCADO FINANCEIRO é o conjunto de todas as INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS que captam poupança e concedem crédito.
O mercado financeiro se subdivide em quatro mercados: CRÉDITO, CAPITAIS, CAMBIAL e MONETÁRIO, cada qual com características próprias;
MERCADO DE CRÉDITO - É o mercado que opera a curto prazo. Os recursos captados se destinam ao financiamento de consumo para pessoas físicas e capital de giro para empresas, através de intermediários financeiros bancários.
MERCADO DE CAPITAIS - É o conjunto de operações de prazo médio, longo ou indeterminado. Os recursos destinam-se em geral ao financiamento de capital fixo para as empresas, tendo como intermediário financeiro as instituições financeiras não bancárias.
MERCADO DE CÂMBIO - É onde são realizados operações que envolvem a necessidade de conversão de moedas nacionais e vice-versa. Crédito à exportação e financiamento a importação.
MERCADO MONETÁRIO - É através do mercado monetário que o governo controla os meios de pagamento (depósitos a vista nos bancos comerciais, mais o volume de papel moeda em poder do público).
Para que estes quatro mercados pudessem atuar eficientemente, era a necessário a criação de um sistema financeiro adequado e isso só foi possível a partir de 1964, quando se reformulou através da lei da REFORMA BANCÁRIA (lei 4595) todo o SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL, que antes dessa data estava totalmente em função do banco comercial.
A única opção que o investidor possuía, para aplicar suas poupanças, era depositar suas economias no BANCO COMERCIAL, isto porque ele recebia juros pelos depósitos à vista realizados em conta-corrente.
Assim, a primeira providência do Governo a partir de 1964 foi o de criar um Sistema Financeiro, com instituições financeiras adequadas que operassem com títulos onde as pessoas pudessem aplicar suas poupanças e, consequentemente, financiaria as empresas (setor produtivo). Para que isto fosse feito era necessário criar uma legislação específica para o desenvolvimento do mercado, e reformular todo o Sistema Financeiro.
Fonte: Cola da Web
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