terça-feira, 3 de junho de 2014

O Administrador de lixo

A conscientização e a quebra do paradigma do profissional competente para administrar os resíduos sólidos de acordo com o PNRS




Resíduos Sólidos constitui aquilo que genericamente se chama lixo: materiais sólidos considerados sem utilidades, supérfluos ou perigosos, gerados pela atividade humana e que devem ser descartados ou eliminados após seu consumo, e que cria uma série de problemas as população e dar uma imensa dor de cabeça aos governantes.

O conceito de “lixo” pode ser considerado como uma invenção humana, pois em processos naturais não há lixo. As substancias produzidos pelos seres vivos e que são inúteis ou prejudiciais para o organismo, tais como as fezes e urina dos animais, ou o oxigênio produzido pelas plantas verdes como subproduto da fotossíntese, assim como os restos de organismos mortos são, em condições naturais, reciclados pelos decompositores. Por outro lado, os produtos resultantes de processos geológicos como a erosão, podem também, a uma escala de tempo geológico, transforma-se em rochas sedimentares. 

Embora o termo lixo se aplique aos resíduos sólidos em geral, muito do que se considera lixo pode ser reutilizado ou reciclado, desde que os materiais sejam adequadamente tratados. Além de gerar emprego e renda, com lucros consideráveis e com muitos incentivos no mercado e na coletividade, tanto social quanto financeiro, para que se pratique reaproveitamento, que além de proporcionar uma redução da demanda de matérias-primas e energia, contribui também para o aumento da vida útil dos aterros sanitários e a redução dos lixões. Certos resíduos, no entanto não podem ser reciclados, a exemplo de o lixo hospitalar e nuclear, mas que também geram riquezas, a sua destinação. 

A maior problemática dos centros urbanos é a produção exacerbada de restos de consumo, em virtude da indústria cada vez mais, produzir alimentos em embalagens descartáveis, causando assim uma imensa produção de resíduos, de diferentes naturezas, tornando difícil o armazenamento adequado pelo poder público, que é o responsável pela limpeza e coleta urbana. E por não o ter uma política adequada, satisfatória, para se desfazer dessa quantidade de lixo produzido, em virtude de mau planejamento, ocasionado pelos gestores, não possuírem qualificação para a função administrativa e sim para à área técnica, onde caberia sem dúvida este profissional no contexto macro desta administração para executar o acondicionamento, a seletividade, a reciclagem, a destinação desses resíduos para o cumprimento da legislação, que são muito bem elaboradas, leis que realmente traçam diretrizes com muita clareza de proteção contra os crimes que se cometem contra o meio ambiente. 

É aí que o papel do “Administrador”, é importantíssimo! Sua formação diversificada e pertinente a todos os segmentos da estrutura administrativa lhe respalda as ações diversificadas, dentro de um mesmo seguimento, utilizando-se do planejamento estratégico, com um olhar macro da situação, transformando problemas em solução. 

Empregar-se-ia aqui, o pensamento de grandes Gurus da administração, quando afirmam categoricamente que a ausência da competência administrativa, do profissional de administração, é que faz com que, os governantes protelem o fazer correto, por utilizar-se de paliativos, o que popularmente chamamos de “quebra galho”. E o resultado de tudo isso é o que presenciamos no dia-a-dia, alagamentos de vias, doenças, epidemias, distúrbios naturais no planeta. Coisas que com muito pouco investimentos, ou seja, valores bem menores, que os desvios das verbas públicas que presenciamos, poderia se resolver esta questão. 

O PNRS criado pela lei 12305/10, determina este ano de 2014, como o inicio da reversão do que existe, da forma e da prática com que se tratam os resíduos sólidos, onde estabelece condições e aponta resultados, ou seja, “dá à vara e a isca para pescar”, e responsabiliza todos os setores envolvidos nesse processo produtivo e administrativos dos resíduos a destinarem corretamente, incentivando o reaproveitamento como forma de resolver os problemas ambiental e social, gerando emprego e renda para a sociedade advindo do reaproveitamento e da reciclagem. 

O profissional de administração é à competência no sentindo de viabilizar, coordenar, implantar processos, planejar estratégias correta, principalmente no poder público e com isso, conduzir todo o processo de destinação dos resíduos sólidos, observando todo as etapas de reciclagem, reaproveitamento, logística reversa, e a disposição ao solo, de maneira responsável, com trabalhos de conscientização da seletividade, interações e articulações com a comunidade e parcerias com a iniciativa privada, para fazer a coisa certa, quebrando o “paradigma” atual de que o Administrador não é o profissional para administrar lixo. 



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