Este livro tenta explicar a história pela teoria econômica, e a teoria econômica pela história. Não é uma história econômica nem uma história do pensamento econômico, mas um pouco de ambas.
Com capítulos curtos e uma linguagem dinâmica, conseguimos captar e ler rapidamente o que o autor propõe, tornando assim uma leitura prazerosa da economia.
Huberman escreveu este livro magistral, cujo objetivo é explicar a História pelo estudo da teoria econômica e, ao mesmo tempo, explicar a Economia através do estudo da História. Huberman enlaça estas duas áreas do conhecimento humano, conseguindo tornar mais inteligível a aventura do Homem sobre a terra e patente o seu poder de transformar a vida. Essa é a grande lição que permeia o livro, uma obra que, abordando temas profundamente tão complexos, consegue manter um alto nível de transparência, de limpidez e clareza.
Leo Huberman, na História da Riqueza do Homem, observa que a formação da riqueza ao longo da história ocorreu por diversas influências sócio-econômicas. Ele descreveu um dos primeiros grandes movimentos de formação da riqueza no Estado nacional: a concentração econômica. Podemos recordar, com facilidade, do período colonial, quando todo ouro extraído do nosso país (colônia na época) era encaminhado à metrópole, Portugal. São inúmeros os exemplos de centralização econômica, mas o interessante é percebermos que ao longo do tempo o modelo de concentração econômica se transformou, se aperfeiçoou, se modernizou, mas continuou gerando desigualdades crescentes.
As desigualdades sociais e a concentração econômica, estudadas por Hurberman, nos remetem a mais dois desafios: 1) como vamos criar processos de geração de riqueza que sejam menos centralizados e, 2) como evitaremos que esta riqueza gere benefícios acumulados em grande escala para uma parte do planeta, excluindo a outra. O autor fundamenta uma análise histórica e social para ilustrar a transição da riqueza na sociedade através do tempo e dimensionar o comportamento e influências da mesma na economia.
DE ONDE VEM O DINHEIRO???
O dinheiro só se torna capital quando é usado para adquirir mercadorias ou trabalho com a finalidade de vendê-los novamente com lucro.
O lucro vem do fato de receber o trabalhador um salário menor do que o valor da coisa produzida. O capitalista é dono dos meios de produção - edifícios, máquinas, matéria prima, etc.; compra a força de trabalho. É da associação dessas duas coisas que decorre a produção capitalista.
O dinheiro não é a única forma de capital. Um industrial de hoje pode ter pouco ou nenhum dinheiro, e não obstante ser possuidor de grande volume de capital. Pode ser dono de meios de produção. Isso, o seu capital, aumenta na medida em que ele compra a força de trabalho.
Haverá uma moral para os capitalistas, sempre..., na história de como os indianos pegam macacos, contada por Arthur Morgan? “Segundo a história, tomam de um coco e abrem-lhe um buraco, do tamanho necessário para que nele o macaco enfie a mão vazia. Colocam dentro torrões de açúcar e prendem o coco a uma árvore. O macaco mete a mão no coco e agarra os torrões, tentando puxá-los em seguida. Mas o buraco não é bastante grande para que nele passe a mão fechada, e o macaco, levado pela ambição e gula, prefere ficar preso a soltar o açúcar”.
Fonte: Cola da Web
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