Momentos de crise, de eleições, de dificuldades, de dólar estratosférico, de dúvidas e ansiedades. Momentos de decisão. Momentos de reflexão!
Pontos de dificuldades, pontos de oportunidade para todos os cidadãos, principalmente se nos dirigirmos aos profissionais de Recursos Humanos.
Pudemos constatar no processo de votação uma dissonância cognitiva interessante entre o avanço tecnológico da votação informatizada e a defasagem de informação da população. Mas, isto basta para explicar?
Não, no meu entender. Além da exclusão tecnológica, cantada em verso e prosa a todos os ventos, entendo que nos deparamos com uma defasagem de educação, no seu sentido mais amplo e literal. A ausência de informação política, de base, não a de "santinhos" ou TV, onde a informação é o que menos interessa. Refiro-me ao papel de conscientização da cidadania inerente a todo povo que se pretende livre para dirigir seus próprios destinos. Que consegue refletir, avaliar, criticar e decidir posicionamento que não tem prerrogativa de se pretender ao certo ou errado, mas, acima de tudo, ao consciente. Aqui entra o papel da educação, alvo e, porque não dizer, destino de todo profissional de Recursos Humanos.
Evidente que não me refiro ao papel de educação política, mas de educação para a vida, educação para o desenvolvimento.
Queiramos ou não, nós, profissionais de recursos humanos, somos responsáveis pelas iniciativas que provocam este movimento. E se o momento é de crise mais importantes são as nossas iniciativas.
A felicidade não é a ausência de dificuldades!
Não podemos nos restringir a movimentar iniciativas nos momentos de tranquilidade. Somos mais importantes nos momentos de dificuldades.
Precisamos fazer a diferença!
Frequentemente esperamos que melhores situações nos permitam agir. Será que vai melhorar ou vamos esperar impunemente um momento mágico? A omissão pode ser maior pecado que a tentativa infrutífera. Jamais poderemos saber o que será se não fizermos.
Falamos, hoje em dia, na Era do Conhecimento, mas, para se ter esta ocorrência precisamos passar pela Era da Educação. Quando ela aconteceu?
Se é que aconteceu! Será que podemos nos contentar com que uma pequena parcela da população esteja entrando na Era do Conhecimento quando, na sua grande maioria, o restante da população ainda não entrou na Era da Educação?
Não estou fazendo uma crítica, estou fazendo uma reflexão das exigências do nosso papel, onde me incluo. Como podemos gerar desenvolvimento quando apenas uma pequena parcela das pessoas está incluída? O resultado das organizações é fruto do esforço conjunto de todas as pessoas que as compõem. Entendo que os níveis superiores devam ser mais desenvolvidos, mas a defasagem com os níveis subordinados não pode ser tão grande.
Infelizmente esta situação ainda é comum em algumas empresas. Como esperar que nossas pretensões gerem resultados entre pessoas que não conseguem nos entender ou acompanhar nossos raciocínios? Será que elas estão lá apenas para obedecer?
Em suma, pretendo fazer a minha parte, a minha diferença, solicitando que todos aqueles que me derem a oportunidade da leitura possam refletir a imperiosa necessidade de fomentar objetivamente o desenvolvimento da base das nossas empresas, otimizando a possibilidade de resultados e gerando, inevitavelmente, o desenvolvimento das pessoas, da nossa pequena comunidade empresarial e, quem sabe, da nossa grande comunidade comum.
Precisamos focar o desenvolvimento dos níveis inferiores. É importante privilegiar os níveis hierárquicos mais altos, mas não basta. Nós, profissionais de Recursos Humanos, temos que ter compromissos que possibilitem o desenvolvimento do negócio como um todo, e isso envolve toda a comunidade da empresa.
Percebo que muitas vezes nos movimentamos por fases, ou por modas, quando determinadas tendências nos impelem para a ação focada naquela tendência. Mas a necessidade da educação sempre foi moda, ou, sempre foi necessidade. Ainda é, e deverá continuar sendo, nosso maior desafio no desenvolvimento dos nossos negócios. Sei que muitas empresas investem nessa direção, com resultados muito bons, mas não são muitas empresas.
Precisamos tornar este processo mais sistemático. Precisamos tornar esta necessidade uma moda.
Não exige sofisticação ou conhecimentos específicos. Requer vontade política. E é investimento com resultados comprovados. Parabéns às empresas que desenvolvem esta atividade com objetividade. Vamos seguir o exemplo.
Fonte: Administradores
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