Excesso de horas extras, incêndios sucessivos e nenhum momento de descompressão acabam por expulsar bons profissionais e levar à exaustão daqueles que ficam
As empresas admiram profissionais que se comportam como bombeiros: são aqueles que estão sempre correndo de um incêndio para outro, trabalham até tarde, e tudo aparenta depender da atuação deles. Entretanto, essa dependência é um elo frágil na organização. Afinal, se o bombeiro falhar, quem evitará que toda a companhia pegue fogo?
Em geral, quando vemos operações que vivem de mutirões e de pessoas que parecem super-heróis, é porque algo vai muito mal na gestão. Há um clima permanente de urgência, e o estresse faz parte da rotina.
Se o “bombeiro” é um técnico, então seu gerente precisa auxiliá-lo a diagnosticar o motivo de tantos problemas em série. Pode ser uma simples questão de administração de agenda e planejamento. Mas também a equipe pode estar subdimensionada ou com excesso de profissionais juniores para o porte da empresa. Isso acarreta a sobrecarga daquele considerado mais experiente. Em qualquer um dos casos, cabe ao gerente avaliar a necessidade de contratar mais pessoas com o nível de senioridade apropriado.
Quando o “bombeiro” é um gerente, então é necessário desenvolvê-lo em competências de liderança como: planejamento, delegação e follow-up. Afinal, um gerente deve ser capaz de delegar tarefas e acompanhá-las, para que obtenham o resultado desejado no momento certo.
Quando o gestor é um workaholic, tende a manter-se ocupado mais com a execução das tarefas do que com o resultado. E as tarefas existem não para ocupar os funcionários, mas para alcançar resultados.
É evidente que há momentos nos quais as operações crescem mais que o esperado, ou mesmo um imprevisto causa uma sobrecarga momentânea de trabalho. O que não pode ocorrer é esse comportamento de bombeiro se tornar rotina. Afinal, quem tem maiores condições de evitar que o incêndio comece é o gerente de segurança, e não o bombeiro.
Nas empresas, precisamos fomentar o gestor preparado, capaz de prever, planejar e dimensionar equipes apropriadamente. Excesso de horas extras, incêndios sucessivos e nenhum momento de descompressão acabam por expulsar bons profissionais e levar à exaustão daqueles que ficam.
Um bom profissional precisa de tempo para repor as energias, cuidar de sua vida pessoal e para atualizar-se. A empresa deve apoiá-lo nessas questões, pois, em última análise, irá beneficiar-se disso com pessoas motivadas e focadas no trabalho.
Incêndios acontecem, mas não sem uma quantidade infeliz de eventos e pessoas que contribuem para que eles ocorram. Como profissional, evite desenvolver sua carreira em companhias que operam dessa maneira. Desse modo, você terá maior longevidade profissional, menos estresse e mais qualidade de vida.
Vamos em frente!
Fonte: Administradores
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