quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Manuscrito de 1500 anos sugere nova interpretação para história de Jesus

O livro "The Lost Gospel" afirma que evangelho perdido relata que Jesus casou-se e teve filhos




Relatos de evangelhos perdidos que nunca entraram na Bíblia e de um suposto romance entre Jesus e Maria Madalena circulam na história há muito tempo. Mas um novo documento promete levar o assunto do nível da especulação a, pelo menos, o da hipótese científica. A mais nova discussão está sendo provocada pelo livro The Lost Gospel (O Evangelho Perdido, em tradução livre), dos autores Simcha Jacobovici e Barrie Wilson, que afirmam que Jesus e sua discípula se casaram e tiveram dois filhos. O autores prometem, inclusive, no dia do lançamento, revelar supostos nomes dos "herdeiros de Cristo".

A teoria dos autores é baseada em uma nova interpretação de um manuscrito do ano de 570 d.C., que conta a história dos personagens presentes no Velho Testamento José e Azenate, pais de Manassés e Efraim. O documento, que pertence à Biblioteca Britânica há 20 anos, está escrito em siríaco, idioma usado no Oriente Médio entre os séculos 4 e 8, parecido com o aramaico.

Jacobivici, um cineasta israelense-canadense, e Barrie Wilson, um professor de estudos religiosos em Toronto, afirmam que a história no manuscrito está codificada, e José e Azenate simbolizam, na verdade, Jesus e Maria Madalena. Segundo os autores, o documento, de 29 páginas, é uma cópia, feita no século 6, de um evangelho perdido do século 1, escrito por cristãos que foram perseguidos.

Os pesquisadores justificam sua interpretação afirmando que o texto não condiz com as histórias do Velho Testamento, e que José é retratado como “o filho de Deus”. Jacobivici ainda acredita que o próprio evangelho da Bíblia dá sinais de que Jesus e Maria Madalena eram casados, como contar que a discípula foi visitar o corpo de Jesus para lavar e ungir seu corpo, coisa que eram feitas apenas por esposas.

Antes de pertencer à Biblioteca Britânica, o manuscrito fazia parte dos arquivos do Museu Britânico desde 1847. Nos últimos 160 anos, ele foi estudado por outros acadêmicos, que não o consideraram relevante.



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