domingo, 16 de novembro de 2014

Dez atitudes para conquistar a infelicidade no trabalho

Não é tão fácil ser feliz no trabalho. Porém, você pode sofrer bem menos quando dá o melhor de si e adota um discurso mais positivo, coerente com a sua maneira de ver o futuro. Mude seu discurso, mude seus hábitos




Segundo Albert Ellis, psicólogo norte-americano e autor do best seller Como conquistar a sua própria felicidade, o ser humano é incurável. Em síntese, somos passíveis de erros e sujeitos a pensamentos e atitudes derrotistas, motivo pelo qual manter-se otimista é um desafio permanente.

De fato, entra ano e sai ano, algumas pessoas simplesmente não querem evoluir. Elas continuam adotando o mesmo comportamento retrógrado do século passado, apesar de tantos cursos, treinamentos e toda literatura disponível para quem deseja crescer no campo pessoal e profissional.

Nesse sentido, embora as empresas contribuam muito para elevar ou destruir o moral dos empregados, penso que a felicidade ou infelicidade depende muito dos modelos mentais de cada ser humano em particular – padrão de pensamento, discurso, atitudes.

Por essas e outras razões, fica bem mais fácil distinguir os otimistas dos pessimistas, os perdedores dos vencedores, os que fazem acontecer dos que esperam acontecer. O seu discurso, decorrente do seu modelo mental estabelecido há anos, faz toda diferença no mercado de trabalho e na sua vida pessoal.

Em vez de pensar sobre o que fazer, sugiro que você reflita sobre o que não fazer para se tornar mais feliz no ambiente de trabalho. Mudar passa por uma questão de escolha, não porque a empresa quer que você faça e sim pelo fato de que não existe outra maneira de se tornar mais produtivo e feliz.

Como observador permanente do comportamento das pessoas no mundo corporativo, aqui estão as dez atitudes (negativas) – comportamentos, padrões, escolhas – dos profissionais que desejam conquistar a infelicidade no trabalho:

1.  Preocupar-se o tempo todo com o salário dos outros;

2.  Manter o discurso negativo e a postura do contra;

3.  Fazer corpo mole e acreditar que um dia a coisa muda;

4.  Formar panelinhas e forças de coalizão;

5.  Trabalhar feito alienado como se não existisse vida fora do trabalho;

6.  Conspirar contra o chefe e os companheiros de trabalho;

7.  Ter medo de trabalhar com pessoas melhores do que você;

8.  Buscar reconhecimento sem fazer nada para mudar a situação atual;

9.  Sofrer com o que outros pensam ou deixam de pensar a seu respeito;

10.Começar a segunda pensando na sexta. Será que você está no lugar errado?

Quer fazer um bom exercício? Avalie uma por uma e tente pensar o contrário. Veja como é difícil mudar o seu próprio modelo mental estabelecido. É a sua mente reptiliana em ação.

Na prática, significa dizer o seguinte: se você, como dono, empreendedor, diretor ou gerente pensa dessa maneira, o que dizer para os seus empregados ou para aqueles colaboradores que já não colaboram tanto?

Vai demitir um por um? Bobagem. Você pode substituir todos, mas o ambiente ao seu redor permanecerá nocivo enquanto você, que tem o poder na mente ou mesmo no cargo, não mudar a si mesmo.

Quando o discurso é negativo, pessimista, contrário a tudo o que a empresa precisa, a energia dissipada para mudar o ambiente é maior. Você se desgasta sem necessidade, conspira facilmente, perde o foco nas coisas que precisam ser levadas em consideração e, na maioria das vezes, sai da linha.

Quer conquistar a felicidade no trabalho? Basta fazer o contrário, porém, isso ainda vai demorar o tempo necessário que você precisa para mudar o seu discurso, as suas ações, as suas atitudes. Quanto mais tempo levar, mais irritação, injúria, fofoca e sofrimento.

É fácil ser feliz no trabalho? Claro que não! Sem hipocrisia! Porém, você pode sofrer bem menos quando dá o melhor de si e adota um discurso mais positivo, coerente com a sua maneira de ver o futuro. Entretanto, se você acredita que não tem futuro na empresa ou que a empresa não tem futuro, por que é que você continua nela?

Pense nisso e seja um empreendedor de si mesmo.



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