segunda-feira, 24 de abril de 2017

Cresce “maltrato” aos colegas de trabalho

De 1988 a 2016, subiu 13 pontos percentuais o número de funcionários maltratados, mensalmente, por colegas de trabalho



Ao longo de 18 anos de pesquisa, milhares de funcionários mundo afora foram entrevistados sobre o modo como são tratados, e o resultado, mostra que a situação só “piorou”!

Em 1988 os índices estavam em 49% e em 2016 foram aos 62%.

Eis a conclusão do estudo descrito pela professora da McDonough School of Business, da Georgetown University, dos Estados Unidos, e autora de Mastering Civility, Christine Porath para o Mckinsey Quaterly, reproduzido na edição 121 da HSM Management (mar/abr 2017).

Se o ritmo de trabalho se acelera, a tecnologia se torna mais complexa e o ambiente de trabalho fica mais diversificado, a civilidade ganha mais importância.

Segundo o “Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa”, a palavra “civilidade”, substantivo feminino, significa, um conjunto de formalidades, de palavras e atos que os cidadãos adotam entre si para demonstrar mútuo respeito e consideração; boas maneiras, cortesia, polidez.

Por sua vez, “maltratado”, adjetivo, significa, ofendido por palavras e/ou atos; ofendido; tratado com aspereza.

E maltratar, ofender, tratar com aspereza, sai caro para as empresas.

Uma pesquisa com 800 pessoas de 17 setores, mostrou os seguintes resultados:

  • 47% dos que eram maltratados reduziam propositalmente seu “desempenho”;
  • 12% afirmaram que deixaram o emprego pela falta de civilidade com foram tratados – “rotatividade”;
  • 25% dos que se sentiram desrespeitados no trabalho deslocaram suas frustrações para os clientes – “experiência dos clientes”;
  • Cai três vezes a tendência das pessoas de ajudar os outros quando elas se sentem ofendidas, e sua disposição para compartilhar diminui mais da metade.

A Solução

Os líderes de uma empresa precisam ser respeitosos, porque ser tratado com respeito é mais importante para os funcionários do que ter reconhecimento ou mesmo oportunidades de crescimento e aprendizado.

Níveis melhores de saúde e bem-estar, além de sentido ao trabalho, são alcançados pelo respeito.

Além disso, as empresas devem se livrar das pessoas “tóxicas” já na seleção, checando referências, indicações, para que fique claro, tratar-se de um profissional civilizado ou não, no seu dia-a-dia de trabalho.

Profissionais que não respeitam seus colegas de trabalho, talvez farão o mesmo com os clientes da empresa, e este custo oculto vai crescendo na medida que a empresa vai perdendo clientes de pouco em pouco.

Por isso, é cada vez mais importante, treinar pessoas para trabalhar com diferentes perfis profissionais, especialmente no Brasil, com diferentes culturais regionais, para evitar estresse, e principalmente, um ambiente corporativo nocivo. 

Momento do ADM, Alfredo Passos - 24 de abril 2017.


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