De 1988 a 2016, subiu 13 pontos percentuais o número de funcionários maltratados, mensalmente, por colegas de trabalho
Ao longo de 18 anos de pesquisa, milhares de funcionários mundo afora foram entrevistados sobre o modo como são tratados, e o resultado, mostra que a situação só “piorou”!
Em 1988 os índices estavam em 49% e em 2016 foram aos 62%.
Eis a conclusão do estudo descrito pela professora da McDonough School of Business, da Georgetown University, dos Estados Unidos, e autora de Mastering Civility, Christine Porath para o Mckinsey Quaterly, reproduzido na edição 121 da HSM Management (mar/abr 2017).
Se o ritmo de trabalho se acelera, a tecnologia se torna mais complexa e o ambiente de trabalho fica mais diversificado, a civilidade ganha mais importância.
Segundo o “Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa”, a palavra “civilidade”, substantivo feminino, significa, um conjunto de formalidades, de palavras e atos que os cidadãos adotam entre si para demonstrar mútuo respeito e consideração; boas maneiras, cortesia, polidez.
Por sua vez, “maltratado”, adjetivo, significa, ofendido por palavras e/ou atos; ofendido; tratado com aspereza.
E maltratar, ofender, tratar com aspereza, sai caro para as empresas.
Uma pesquisa com 800 pessoas de 17 setores, mostrou os seguintes resultados:
- 47% dos que eram maltratados reduziam propositalmente seu “desempenho”;
- 12% afirmaram que deixaram o emprego pela falta de civilidade com foram tratados – “rotatividade”;
- 25% dos que se sentiram desrespeitados no trabalho deslocaram suas frustrações para os clientes – “experiência dos clientes”;
- Cai três vezes a tendência das pessoas de ajudar os outros quando elas se sentem ofendidas, e sua disposição para compartilhar diminui mais da metade.
A Solução
Os líderes de uma empresa precisam ser respeitosos, porque ser tratado com respeito é mais importante para os funcionários do que ter reconhecimento ou mesmo oportunidades de crescimento e aprendizado.
Níveis melhores de saúde e bem-estar, além de sentido ao trabalho, são alcançados pelo respeito.
Além disso, as empresas devem se livrar das pessoas “tóxicas” já na seleção, checando referências, indicações, para que fique claro, tratar-se de um profissional civilizado ou não, no seu dia-a-dia de trabalho.
Profissionais que não respeitam seus colegas de trabalho, talvez farão o mesmo com os clientes da empresa, e este custo oculto vai crescendo na medida que a empresa vai perdendo clientes de pouco em pouco.
Por isso, é cada vez mais importante, treinar pessoas para trabalhar com diferentes perfis profissionais, especialmente no Brasil, com diferentes culturais regionais, para evitar estresse, e principalmente, um ambiente corporativo nocivo.
Momento do ADM, Alfredo Passos - 24 de abril 2017.
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