Em um recente congresso de Recursos Humanos, um grupo de altos dirigentes de empresas se reuniram com profissionais de RH para discutir as grandes aflições que lhes faziam perder o sono.
Entre elas, estava a questão do desempenho das equipes.
Como cada empresa tem de manter na alça de mira entregar mais e melhor que seus concorrentes, esse assunto não podia ficar de fora. Na ocasião, visando trazer mais luz sobre a discussão que se seguiria, foi usada uma metáfora da matemática, o tal do MMC.
Você se lembra dele? O mínimo múltiplo comum trata-se de um conceito que aprendíamos nas aulas de matemática básica. Para acha-lo, tínhamos de calcular qual seria o menor número que era múltiplo de outros dois ao mesmo tempo. De 6 e 9, por exemplo, seria 18.
Nunca entendi bem qual era a utilidade disso (como em muitos outros conceitos matemáticos), mas aprendi a fazer a conta rapidinho. Era fácil.
Porém, como ali não se tratava de uma sala de aula e a finalidade não era simplesmente passar de ano, os gestores falavam sobre o MDA, ou menor desempenho aceitável.
O que é isso?
Ora, é o desempenho mínimo que alguém tem de demonstrar para não ser mandado embora do emprego, para não receber uma reclamação do cliente ou para deixar tudo exatamente como está.
Não é de tirar o sono?
Com frequência vemos o MDA sendo praticado por aí. É uma filosofia dos medíocres. Gente que faz o menor esforço só para cumprir tabela, sem a preocupação com o surpreender, superar, evoluir.
Uma legião de acomodados no destino que eles mesmos construíram, que vão levando a vida esperando que algo melhor aconteça algum dia, por sorte. Aquele tipo que sempre passou de ano com média 6, a menor nota suficiente. Bem, você conhece…
Esse é o tipo de comportamento que assassina carreiras, e que não cabe mais no mundo competitivo em que estamos.
Nas empresas, vivemos a era da excelência, da qualidade, da preocupação com os detalhes e do aprimoramento contínuo. Definitivamente, não podemos fazer só o mínimo, pois o cliente é mais exigente e o concorrente está preparando o bote.
Nesta hora, talvez seja conveniente recordar-se de outro conceito da aritmética: o máximo divisor comum (MDC). Lembra-se?
Trata-se do maior número inteiro que pode dividir outros dois. Eu também não percebia sua aplicação, mas gostava da palavra “máximo”. E ainda gosto.
No trabalho e na construção de carreiras profissionais, não podemos nos esquecer do maior desempenho possível (MDP), que é um índice inconstante, pois muda todos os dias, para cima, é claro.
Felizmente, a filosofia do MDP também é adotada por muitos, em todos os lugares, e salva o nosso dia. Gente que sabe que dá para melhorar o desempenho sempre, e não se contenta em ficar como está. Aliás, ninguém se mantém igual – ou melhora ou piora.
Ficar igual é ilusório porque você sempre está sendo comparado com a média, e esta continua subindo. É que vivemos, atualmente, em um mundo mais exigente (MME).
E quem vai se sair melhor no MME? MDA ou MDPS?
Reposta fácil de dar, mas condição difícil de atingir em uma equipe com pessoas que têm níveis diferentes de capacitação, motivação e integração.
Nada, claro, que não possa ser resolvido com uma boa Gestão de Pessoas…
Momento do ADM, Diego Andreasi - 28 de novembro 2016.
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