Não gosto de política, não gosto de discutir religião, não sou torcedor de times de futebol, mas reconheço que tenho que conviver com os amantes de tudo isso, pois querer desviar das coisas pelo simples fato de que não gostamos é perder as maiorias das oportunidades que surgem a nossa frente.
A primeira lição para um candidato a uma vida produtiva é a que o tempo é sempre pequeno e melhor para aqueles que se ocupam. A grande medição para testar se o seu caminho está sendo bem trilhado é a de conseguir naturalmente se distanciar do relógio no sentido de não se viciar em ficar contando às horas que ainda faltam para certas coisas terminarem.
O ser produtivo valoriza seu tempo emprestando-o sem vendê-lo, e por saber seu custo de importância, quase sempre está correndo contra ele, tentando fazer o máximo e lamentando ao fim de cada etapa, o fato de um dia ter somente 24 horas. Na verdade não estamos falando de temperamentos “workaholic”, típicos de pessoas que quando dormem reservam a maior parte dos sonhos para os números, mas de gente que consegue equilibrar seu mundo produzindo, compartilhando e amando.
Nosso equilíbrio é o único fundamento necessário para conseguirmos andar de bem com a própria capacidade pelo prazer de exercê-la, pois visualizando e pesquisando nosso cérebro é possível entender que nosso motorzinho foi construído com dois lados, o esquerdo onde prevalece a razão e o direito responsável pela imaginação e criatividade. Na nossa realidade imposta pelo dia a dia acabamos, por necessidade e obrigação, abusando do nosso lado racional e lógico, quase dispensando o lado onde podemos de fato alimentar as energias da renovação pelas reinvenções. O ritmo imposto pelo ter que cumprir as obrigações pelas metas, acabam por nos transformar em seres sem ar e graça. Devemos aprender a reservar e educar nossas vidas com valores que possam adoçar nossas emoções e subsidiar em vontade e disposição as determinações para que sejamos mais comprometidos e envolvidos.
Nossos segredos para um estar de bem com a vida, vêm da disciplina pelas buscas de novidades, para que não sejamos rotina. É muito desestimulante ter que adicionar evolução sem as mudanças que justifiquem o querer mais, sem o se afastar das chatices de viver de dias certinhos e previsíveis, sem emoções para se surpreender.
Vencer o que nos bloqueia, o que nos oferta de medos e receios, é o inicio a um estimular de razões para saber escolher, se interessar e aprender a julgar pelo melhor a ser seguido, unindo em equilíbrio os estímulos para alimentar o seu lado racional com o criativo. Imaginações férteis, combinadas com a visão lógica facilitarão para que prevaleçam os lados positivos diante das insatisfações naturais do dia a dia.
Retirando o que não se gosta, e o que achamos que não podemos, abriremos horizontes para novas percepções do como podemos andar, ampliando mais as possibilidades por um despertar de novos benefícios dentro das condições que dispomos, incluindo coisas do tipo, se não der para ir de avião, devemos evoluir pelo gosto em ir a pé. O importante é nunca andar de ré, de lado ou ficar parado!
Nossas vidas estão na frente, e não adianta viver montando castelos de areia em maré baixa, já que são de tempo curto, de sustentação temporária. Melhor então é pensar em construir uma visão própria e global, pois se o mundo insiste em classificar-nos em gerações X, Y ou Z, eu diria a você, que para ser diferente, esqueça os rótulos e crie o seu estilo baseado nas procuras e encontros que o harmonizem com uma rica média ponderada de pessoas, que em comum reúnam motivos para compartilhar coisas interessantes que alimentem e valorizem a vida com qualidade, admiração e uso.
Momento do ADM, Sérgio Dal Sasso - 24 de dezembro 2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo participação!