sábado, 28 de dezembro de 2013

Ex-funcionário do Google cria projeto de luva sinalizadora

Luva tem luzes de LED em formato de seta que ficam na parte traseira da mão




São Paulo - Um projeto divulgado pelo site de crowdfunding Kickstarter pretende trazer mais segurança e visibilidade para ciclistas, skatistas e corredores noturnos por meio do uso de uma luva sinalizadora.

A luva tem luzes de LED em formato de seta que ficam na parte traseira da mão. Quando quiser sinalizar, o usuário deve encostar uma parte do dedão no indicador e um circuito aciona as luzes.

O produto foi desenvolvido por Zach Vorhiesm, que trabalhava como programador no Google desde 2010, mas deixou o emprego na empresa após criar o projeto da luva, chamada de “Zackeess”, em parceria com um amigo designer.

O financiamento colaborativo no Kickstarter se encerra no dia 8 de janeiro e os 35 mil dólares solicitados já foram atingidos. Desta forma, a luva Zackeess chegará aos primeiros colaboradores em maio de 2014. No mercado comum, o produto deverá custar 69 dólares o par.

Fonte: Exame


Foco: um fator determinante do sucesso ou do fracasso




Outro dia, estava parado tranquilamente num sinal vermelho, quando meu carro foi abalroado violentamente e teve sua traseira destruída, o que resultou em perda total. Uma coisa é certa, o motorista do outro veículo podia estar focando em múltiplas coisas, menos no que devia, era importante e essencial, ou seja, no carro que trafegava à sua frente. Podia estar falando ao celular ou até olhando a lua que, quem sabe, estivesse muito bonita.

Foco é uma questão essencial para instituições, empresas ou pessoas. Assim, um exército que luta em várias frentes tem suas forças dissipadas e aumenta consideravelmente a probabilidade de perder a guerra. Uma empresa que tem múltiplos focos pode acabar tendo baixa produtividade e ir a banca rota, ou como diz Al Ries: "Foco é uma questão de vida e morte para uma empresa". Para pessoas vale a Lei da Atenção Concentrada (Foco) de Charles Baudouin: "Quando uma pessoa foca a sua atenção numa ideia, esta tende a se concretizar por si mesma". E cabe ressaltar que isto tanto vale para o bem como para o mal, ou seja, quem foca no negativo, negativo vai ter. Assim, se você quiser se sentir mal é fácil, é só focar em todas as tragédias do mundo e, em pouco tempo, você vai estar deprimido ou dominado por outras emoções negativas. Em suma, foco é como diz uma música composta por Billy Blanco: "O que dá para rir também dá para chorar".

Assim sendo, entender a questão do foco pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso. Quando se pensa em foco, existem dois conceitos distintos. Um é o de inteligência multifocal. O outro é o de inteligência com foco essencial ou focada, que é baseada em princípios da sabedoria universal, inclusive em processo decisório e solução de problemas.

A inteligência multifocal
O conceito de inteligência multifocal é inspirado no conceito de inteligências múltiplas de Howard Gardner, psicólogo da Universidade de Harvard que, baseado em pesquisas, questionou a visão tradicional de inteligência, uma visão que enfatiza as habilidades linguística e lógico-matemática e que é medida nos testes de QI. Gardner identificou que não existem apenas dois, mas sete tipos de inteligências: linguística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal

Na sua essência, a inteligência multifocal é uma constatação de que é possível ter múltiplos focos, ou seja, que é possível focar em muitas coisas. Para saber mais sobre o tema, você pode ler meu artigo Inteligência Multifocal para Administradores e, subsidiariamente, Compras: uma Competência Essencial para um Administrador e Palavras Assassinas Internalizadas: Aprenda a Administrar seu Pensamento.

A inteligência com foco essencial ou focada
A inteligência com foco essencial tem base nos seguintes princípios:

1) É óbvio que uma pessoa pode focar em múltiplas coisas, mas não ao mesmo tempo. Assim, se você estiver focando no que está na sua frente, não pode focar ao mesmo tempo no que está atrás de você. E se você estiver focando nos seus pés, não poderá ver um pássaro que estiver voando acima da sua cabeça;

2) Naquilo que uma pessoa pode focar existem coisas importantes, mas também aquelas destituídas de valor e, pior do que isto, coisas que são inadequadas e destrutivas, para a própria pessoa, para os outros e para o universo. Assim, a grande questão do foco é saber e decidir o que é importante e prioritário e este importante e prioritário é dinâmico. Ou como dizia o filósofo grego Heráclito: "Uma pessoa não se banha duas vezes no mesmo rio", ou seja, tudo está em constante vibração e mutação;

3) A tendência da mente é a dispersão, ou de acordo com Buda: "A mente é um macaco pulando de galho em galho, em busca do fruto, na selva do condicionamento humano";

4) Saber o que focar e manter o foco é, portanto, a grande questão. De acordo com Emmet Fox: "Até conseguir colocar sua atenção naquilo que quer, você não pode se considerar um mestre de suas ações. Você nunca será feliz até que seja capaz de determinar no que irá pensar na hora seguinte";

5) Por um lado, é importante desenvolver o controle metal e emocional e saber o que é a mente emissiva e o que é a mente receptiva. Por outro, foco é uma questão de decisão. Assim, decidir o que focar é uma das decisões mais importante para se chegar à excelência de resultados;

6) Existem 6 tipos de foco que são: o efetivo ou essencial, ou seja, o que agrega valor e os focos que prejudicam ou que afastam você da realização dos seus objetivos. Entre eles estão os focos caótico, bode cego, equivocado, limitado e contaminado.

O foco caótico
O foco caótico é, em si mesmo, o antifoco. É ficar pulando de galho em galho sem nenhuma consistência e direção e faz com que se não tenha nenhuma disciplina. Quando uma pessoa ou uma organização tem dificuldade para realizar aquilo que foi planejado, entre as várias causas possíveis, existem 3 que são comuns: modelo mental limitado, esforço ineficiente e foco caótico.

O foco bode cego
É o de uma pessoa ou organização que está focada numa direção e se torna incapaz de perceber mudanças, ameaças e oportunidades. Dois exemplos:

1) Em 1905, um químico alemão desenvolveu a novocaína como o primeiro anestésico local e, embora tentasse, não conseguiu que os médicos a usassem. Eles preferiram a anestesia geral. Mas sem mais nem menos, os dentistas começaram a usar o medicamento. E o inventor ficou muito irritado com isto, afinal, o seu invento havia sido feito para médicos. Dizem que passou o resto da sua vida, fazendo preleções para dentistas contra o uso da novocaína para fins odontológicos. Portanto, se a sorte bater na sua porta, não a despreze.

2) A Enciclopédia Britânica era líder absoluta no seu setor. Entretanto, não se deu conta de que estavam acontecendo drásticas mudanças no mercado com o advento dos microcomputadores. Outras possibilidades começaram a surgir com a utilização de CDs. Por que comprar uma Britânica pelo preço de um microcomputador? Quando a Britânica percebeu isto, uma boa parte do seu mercado já tinha ido. Assim, não fique focado só no seu sucesso. O sucesso de ontem não é garantia do sucesso amanhã. Esteja atento às ameaças.

O foco equivocado
É aquele do motorista que destruiu a traseira do meu carro. Não estava focando no que devia, ou seja, no trânsito. Muitos desastres são relatados a respeito de motoristas que mandam mensagem pelo celular enquanto dirigem seus automóveis. As vezes acontecem acidentes por muito menos do que isto. Michael Schumacher, o piloto mais vitorioso da fórmula 1, estava dirigindo numa autoestrada alemã, quando foi mudar a estação de radio e acabou batendo no carro que estava na sua frente.

O foco limitado
Embora uma pessoa não possa focar em várias coisas ao mesmo tempo, existe um conjunto de coisas que precisam ser focadas ao longo de um dia ou de um determinado período de tempo. O foco limitado não identifica todas as condições necessárias e suficientes para o sucesso. Para organizações, contraria um velho ditado: "não coloque todos os ovos numa cesta só". O Magazine Luiza, por exemplo, em nome do foco, foi orientado a abrir mão de uma de suas linhas de produtos. Felizmente não seguiu a orientação, que como os fatos vieram a mostrar posteriormente, se constituía em grave equívoco. Assim, saber a amplitude das coisas que uma organização ou pessoa pode focar é uma grande questão. Uma empresa com excesso de focos dissipa seus recursos, mas com foco limitado pode perder oportunidades.

O foco contaminado
É o foco de uma pessoa que, de uma forma ou de outra, não consegue viver o presente e não segue a expressão "Faze o que fazes" ou "Age quod agis", que era o lema do filósofo grego Xenofanes de Cólofon, que viveu antes de Sócrates. Viver o presente com qualidade significa não estar contaminado por múltiplas solicitações ou pelo passado. Assim, existem pessoas que quando lhes acontece qualquer problema pela manhã, ou mesmo em algum lugar do passado, ficam com o problema o tempo inteiro e não conseguem fazer bem aquilo que tem que ser feito no seu aqui e agora. O foco contaminado também é uma das principais causas das reuniões com baixa produtividade e qualidade hoje em dia, um dos fatores que mais contribuem para a má administração do tempo.

O foco efetivo ou essencial
Entre as múltiplas coisas que se pode focar, a maioria delas é inútil e vale o Princípio de Pareto que reza que existem algumas poucas coisas relevantes em relação a muitas coisas triviais e, até mesmo, destrutivas. Assim, sempre vale o que dizia Peter Drucker: "O produto final do trabalho de um administrador são decisões e ações". E uma das decisões mais importantes para pessoas e organizações é a que trata do: o que, para que, como, quando, onde e quanto focar. Vamos a alguns exemplos:

Um dos primeiros computadores desenvolvidos para fins científicos foi o Eniac da Universidade da Pensilvânia. Entretanto, o Eniac era muito mais adequado para aplicações empresariais como o processamento de folhas de pagamento, só que seus projetistas não perceberam isto. A IBM criou a sua própria versão do Eniac, que foi lançada em 1953 e se constituiu no padrão para computadores comerciais, multifuncionais e centrais. A Universidade da Pensilvânia teve o foco bode cego. A IBM o foco voltado para oportunidade. Busque proativamente por oportunidades. Não espere apenas que elas venham até você.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, uma pequena empresa indiana de engenharia comprou uma licença para produzir uma bicicleta de projeto europeu, que possuía um fraco motor auxiliar. Embora o produto parecesse ideal para a Índia, nunca se saiu muito bem. Entretanto, o fabricante notou que havia um grande número de pedidos apenas para o motor. Foi verificar a razão e descobriu que os fazendeiros estavam tirando os motores das bicicletas e usando-os para acionar bombas de irrigação que até então eram operadas manualmente. Esse fabricante se tornou o maior produtor mundial de bombas de irrigação de pequeno porte. Suas bombas revolucionaram toda a agricultura do sudoeste da Ásia. É preciso estar atento aos sinais que o mundo nos envia. Descubra sinais que identificam necessidades de mudanças. Pequenos sinais podem levar a grandes mudanças e sucessos. Às vezes, é preciso desistir do seu sonho e ir em busca de um outro sonho.

Para concluir
Esteja consciente do fato de que, queiramos ou não, estamos sempre decidindo e uma das decisões mais importantes que podemos tomar está a relativa ao foco. Mas é preciso ter cuidado com conceitos simplórios e equivocados que podem redundar em graves prejuízos. Saber o que focar demanda aprendizado e muita competência. Importa em avaliação precisa de cada situação, identificação de oportunidades, ameaças e, acima de tudo, em flexibilidade, que é um conceito difícil e complexo, mas extremamente importante para se compreender melhor o que seja a inteligência com foco essencial. As duas frases que se seguem mostram melhor a questão:

"Insanidade é fazer as mesmas coisas repetidas vezes e esperar obter resultados diferentes" (Jeff Olson).

"Quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem vezes sem que nem uma só rachadura apareça. No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas, e eu sei que não foi aquela a que conseguiu, mas todas as que vieram antes" (Jacob Riis)


Isto significa que manter o foco, insistir e persistir no seu sonho pode ser sinal de insanidade, mas também, manter o foco, insistir e persistir no seu sonho pode ser sinal de lucidez. E saber a diferença entre uma situação e outra é a grande questão e o objetivo da inteligência com foco essencial. Em suma, tudo na vida importa em perceber, compreender, escolher, decidir e agir e, isto será objeto de um outro artigo. Mas, mais uma vez, vale lembrar a música composta pelo Billy Blanco: "O que dá para rir também dá para chorar".



Espaço do Administrador - Formação de um Administrador




Assim como a química explica a matéria e as suas reações através dos elementos, a formação acadêmica em Administração pode ser mais bem compreendida a partir das disciplinas que fazem parte deste curso, entendendo os seus conceitos, objetivos e importância, evidenciando a partir disso que papel esse profissional é capaz de desempenhar.

A graduação apresenta ao estudante uma gama de disciplinas bastante ampla, fazendo da Administração uma das formações mais genéricas, e por isso mesmo, considerada por alguns como uma ciência interdisciplinar.

Infelizmente o curso ainda passa por alguns problemas de identidade, tanto no paradigma dos graduados, como principalmente nos estudantes, que muitas vezes têm apenas uma vaga idéia sobre a formação, o perfil do profissional e o que a sociedade vai esperar dele depois de formado.

É comum ver jovens fazendo a escolha do curso pelos motivos errados, menos por vocação, aptidão e sonho, e mais pela facilidade de acesso aos vários cursos pelo país, do baixo custo das mensalidades, e de um caminho mais curto e suave para a formatura em comparação a outras formações como engenharia e medicina.

O problema é que depois da graduação, são comuns os casos de profissionais com dificuldades de acesso aos cargos de primeiro escalão das empresas, sendo preteridos nas seleções por candidatos de outras formações que não tem o estudo de matérias ligadas aos temas gestão e negócios, restando-lhes então as vagas em subempregos, que exigem baixo nível de formação acadêmica e de complexidade intelectual, e remuneração ao piso salarial nacional, num patamar onde não deveriam estar diante da sua formação. Mas e o que então poderia explicar essa situação?

Muitos graduandos em Administração têm rotinas profissionais em tempo integral, o que compromete o aprendizado acadêmico, já que o tempo reservado ao estudo fica muito limitado, e logo começam as barganhas com professores para a redução de nível de cobrança nas avaliações, de menores cargas de leitura e de trabalhos extraclasse. Os estudantes vão pelos caminhos da mediocridade, passando pelas matérias sem o conhecimento adequado dos seus fundamentos, dos principais autores e suas obras clássicas, apresentando trabalhos mal feitos, ou cópias “Ctrl + C”, “Ctrl V”, sem participar de estágios qualificados, entre outras conveniências que prejudicarão muito a formação.


Administrar entre outras coisas, é tomar decisões, e para fazê-lo com excelência é preciso uma rica base de conceitos, de conhecimentos quantitativos e qualitativos, de visão sistêmica, usando inteligência lógica e o emocional, 100% das pessoas concordarão com a necessidade de um preparo longo, metódico e específico para o piloto da situação anterior, já se for perguntado o que é necessário para abrir um negócio, provavelmente terá no topo das respostas: muita confiança, vibração, energia, otimismo, que seja um sonho de infância, e tantas outras coisas abstratas que na verdade não garantem absolutamente nada para o sucesso da empreitada.


Carina Silva,  Momento do Administrador, 28 de dezembro 2013.





Dica do dia



Mônica comemora 50 anos; veja história da personagem mais famosa de Maurício de Sousa

Aniversário terá comemorações durante todo o ano de 2013




Criada em 3 de março de 1963, por Mauricio de Sousa, este ano Mônica está completando seu 50º aniversário. Ela surgiu em uma tira do Cebolinha e, pouco tempo depois, já encantava os leitores – tanto que ganhou a liderança da turma.

Mônica já foi publicada em cerca de 50 países e foi inspirada na filha homônima de Mauricio, foi a primeira personagem a ser nomeada embaixadora do UNICEF, além de ostentar os títulos de embaixadora da cultura e também do turismo  brasileiros.

Para o Ano da Dentuça, a Mauricio de Sousa Produções investiu aproximadamente cinco milhões de reais, desenvolveu um style guide comemorativo e conta com diversos parceiros para as comemorações que acontecerão pelo país em 2013. Entre as parecerias está o Bolo da Mônica feito em parceria com a doceria Amor aos Pedaços. Também serão relançados brinquedos que marcaram a época como a primeira boneca da Mônica, pela Troll no final da década de 60. As comemorações também incluem exposições em homenagem ao Sansão e a exibição de filmes da Turma da Mônica no Cinemark, entre outras homenagens.



sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Pesquisa aponta que compras por impulso estão relacionadas à baixa autoestima e à insatisfação com a aparência

Apesar de se considerar preparado, pesquisa revela que o brasileiro não sabe lidar com o próprio dinheiro: 85% faz compras por impulso e 74% admite não ter qualquer investimento




O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgou uma pesquisa que aponta que a maioria dos brasileiros realizam compras por impulso motivados pela ansiedade e insatisfação com a própria aparência. O levantamento foi realizado com 646 consumidores de todo o Brasil.

O estudo foi encomendado para testar o grau de conhecimento do consumidor sobre finanças e conclui que, apesar de se considerar preparado, o brasileiro não sabe lidar com o próprio dinheiro: 85% da população faz compras sem planejamento e 74% não possui qualquer investimento fixo, como a caderneta de poupança, por exemplo.

Faz compras sem planejamento?




O levantamento mostra o quanto que fatores puramente emocionais interferem negativamente nas contas do consumidor: quatro em cada dez entrevistados (43%) admitem fazer compras por impulso em momentos de ansiedade, tristeza ou angústia. Na avaliação do SPC Brasil, este tipo de consumo descontrolado revela ser um mecanismo de compensação para suprimir carências que nada têm a ver com o universo material.

Entre os que fazem compras movidas por impulsos emocionais, a ansiedade por um evento que se aproxima (festas, jantares e viagens, por exemplo) é o motivo mais decisivo entre consumidores de classes A e B. Por outro lado, a baixa autoestima (insatisfação com a própria aparência) é a razão mais citada entre consumidores das classes C e D. “Na busca pelo prazer imediato ou para exibir um estilo de vida que não condiz com a própria renda, o comprador se alivia momentaneamente, sem se importar com o futuro do próprio bolso”, diz a economista do SPC Brasil Ana Paula Bastos.

Quando questionados se pedem algum desconto ao fazerem compras a vista, a maioria (85%) respondeu que sim. Apesar deste comportamento maduro, o brasileiro ainda peca na hora de fazer compras a prazo: a maior parcela dos consumidores (37%) só observa se o valor mensal da parcela cabe no próprio bolso e não leva em consideração a taxa de juros embutida no financiamento. “Esse comportamento é ainda mais marcante nas classes C e D (42% contra 30% nas A e B), porque são consumidores que estão aprendendo a lidar com o crédito e que têm costume de fazer compras ─ principalmente as de maior valor ─ parceladas”, explica a economista Ana Paula Bastos.

O que considera mais importante ao parcelar uma compra?




Eles não poupam




O estudo também revela o imediatismo do consumidor brasileiro: quatro em cada dez entrevistados (42%) gastam tudo o que ganham e não conseguem poupar qualquer quantia. Considerando somente consumidores das classes C e D, este percentual é ainda maior, chegando a 53% ante 28% nas classes A e B. “Isso se deve a menor renda disponível nas classes C e D, impossibilitando estas pessoas de guardarem um pouco de seus salários, depois de pagar as contas primárias como aluguel, água, luz e telefone”, explica a economista.

Em uma situação hipotética de perda total das fontes de rendimentos, 30% dos consumidores admitiram quem não conseguiriam manter o atual padrão de vida nem por um mês, enquanto 35% conseguiriam mantê-lo de um a três meses. 17% deles conseguiriam por quatro a seis meses e 10% entre sete e dozes meses. Apenas 7% da população conseguiria manter-se firme nessa situação por mais de um ano.

Eles não investem

A maioria (74%) dos entrevistados também admite não possuir qualquer tipo de investimento fixo como a caderneta de poupança. Na visão do SPC Brasil, o baixo percentual de investidores entre os consumidores é reflexo da falta de conhecimento do brasileiro sobre como e onde aplicar o próprio dinheiro. “Apesar de a pesquisa apontar que 72% dos entrevistados se consideram aptos a fazer a administração das finanças de casa, o que se percebe é que o brasileiro não tem noções básicas de orçamento doméstico e não sabe lidar com o próprio dinheiro”, afirma a economista.

Importância da educação financeira

Para o SPC Brasil, o atual cenário econômico e social brasileiro revela uma melhoria do padrão de vida da população, impulsionado por fatores como alta empregabilidade, aumento da renda média e amplo acesso ao crédito. A combinação desses fatores fez emergir no Brasil uma nova classe média, ou seja, o país presencia a ascensão de uma parcela significativa da sociedade ao mercado de consumo.

O novo padrão de consumo que se estabeleceu em decorrência destas mudanças vai além das necessidades consideradas primárias e abrange produtos e serviços que no passado se limitavam um percentual restrito de consumidores. “Daí surge à importância da educação financeira como forma de contribuir ativamente para aumentar o nível de consciência financeira, reduzindo a inadimplência e possibilitando um mercado mais transparente e com vantagens para todos que utilizam o crédito”, alerta a economista.



12 dicas sobre planejamento de carreira

A escolha do curso superior deve ser uma escolha planejada em família. Nesse momento, é muito importante a participação dos pais como apoio, e não como decisão final




É muito comum a célebre pergunta feita às crianças: “O que você vai ser quando crescer?”. Mas sabemos que há ainda um longo caminho a percorrer dessa fase até a real decisão de escolha e, dependendo desse caminho, muitas vocações vão surgindo.

A escolha do curso superior deve ser uma escolha planejada em família. Nesse momento, é muito importante a participação dos pais como apoio, e não como decisão final. Perguntas (mesmo que aparentemente pueris) como “O que quer ser?”, “O que gosta de fazer?”, “Onde quer estar daqui a alguns anos?” podem abrir novas possibilidades à vida profissional do jovem. A maneira de pensamento dessa geração é muito dinâmica, as opções de cursos e carreiras são diversas, então ajudá-los a organizar os pensamentos e focar nos pontos onde há conexões com sua vocação pode ser um importante ponto de partida.

Deve-se estar atento a não cair em tentações como profissões da moda e carreiras com probabilidades de ganhos maiores. Não que esse ranking não seja importante, mas é preciso ter a convicção de que a escolha está sendo feita por vocação, e não por modismos e ganhos a curto prazo – mas nem sempre sustentáveis.

E como saber mais sobre a verdadeira vocação?  O autoconhecimento é de grande valia nesse momento. Um teste vocacional pode ajudar muito nessa hora. Ele talvez não seja certeiro em apontar para uma carreira específica, mas certamente será um bom orientador quanto à área de atuação mais condizente ao perfil.

Na vida universitária muitas vezes essa busca continua. Então a faculdade, bem como o corpo docente, tem que fazer parte desse planejamento também. Oferecer cursos extra curriculares para orientação vocacional, elaboração de currículos para participação em processos seletivos, são exemplos dessa “parceria”. Em contrapartida, o aluno tem que querer e buscar esse desenvolvimento, se interessar. É e deve ser uma via de mão dupla.

Das especialidades/cursos que podem agregar hoje em dia, o MBA ainda é importante?

Muitos cursos superiores têm uma base muito técnica. Quando o profissional, no mercado de trabalho e/ou na iminência de assumir um cargo de gestão se depara com a necessidade de desenvolver habilidades comportamentais e administrativas, a procura por um curso de MBA é uma boa opção.

Um advogado que passará a dirigir seu próprio escritório, médicos, dentistas e veterinários que montarão suas clínicas, são profissionais que devem fazer um curso de MBA em Gestão de negócios, por exemplo.

No caso dos profissionais que ocupam cargos nas empresas, o MBA é um caminho para valorizar o “passe” no mercado. Mas é preciso objetivar mais que isso. Um MBA é um investimento considerável para somente visualizar um certificado ao fim do curso. Nas aulas que ministro de MBA, sempre alerto aos alunos, ainda no início do curso: “Aproveitem cada minuto, desfrutem da rica troca de experiências entre os colegas de classe, façam da discussão em classe uma poderosa ferramenta de desenvolvimento de ideias”. Um certificado sozinho tem prazo de validade, mas o aproveitamento do conhecimento adquirido e a aplicabilidade perduram e valorizam a carreira.

Outro ponto importante é a escolha da especialização. É preciso estudar bastante as opções de curso e verificar o que está mais adequado às suas atuais expectativas e necessidades para o desenvolvimento da carreira. O curso de MBA deve estar alinhado ao seu planejamento profissional.

Hoje, perfis como facilidade de adaptação, flexibilidade para mudanças, abertura para o novo, excelente relacionamento interpessoal, capacidade de liderança, capacidade de pensar estrategicamente, ver a área de atuação como negócio (intraempreendedorismo) e capacidade de comunicação/oratória, são habilidades extremamente demandadas pelas empresas e pelo mercado. E os cursos de MBA oferecem essas qualificações em suas grades.

Para quem ainda acredita que precisa de mais maturidade profissional antes de optar por um curso de MBA, ou mesmo não tem condições de arcar com esse investimento, seja no âmbito financeiro ou de tempo, a opção é a realização de cursos de extensão, ou seja, uma atualização profissional de curta duração, objetivando complementar o conhecimento em áreas pontuais. Eles também são recomendados para áreas com atividades profissionais ou necessidades mais específicas ou urgentes, como por exemplo a necessidade de aprender a fazer uma apresentação ou focar em pontos de comportamento como liderança, seleção de pessoas, entre outros.

Como saber qual o melhor e mais adequado para o momento (MBA ou extensão?)

1)    Qual sua necessidade profissional agora?

2)    A resolução é com urgência ou a necessidade de aprendizagem é mais intensa?

3)    Qual o tempo que você tem para aplicação do conhecimento? Deve ser imediato ou pode ser aplicado ao longo do tempo?

Dicas para identificar falhas de formação e como tentar resolvê-las:

1)      Quem fez um curso de graduação muito técnico e está almejando um cargo de gestão, precisa buscar uma complementação, visando formação em áreas como liderança e Gestão de Pessoas, por exemplo. Nesse caso, cursar um MBA é uma alternativa significativa.

2)      Mesmo quem já tem um MBA com essas especializações, não deve “parar no tempo”. Fazer periodicamente cursos de extensão são fundamentais para a atualização e desenvolvimento continuado da carreira. Desenvolver e manter as vantagens competitivas.

3)      Responda às seguintes questões:

- Você é empregável?

- Você tem um plano de carreira ou uma carreira de empregos?

- Seu currículo é somente um cartão de visitas ou atende prontamente às soluções que as empresas procuram?

- Mudanças no ambiente corporativo. Você sabe lidar com elas?

4)      Partindo do pressuposto de que a empregabilidade é uma responsabilidade exclusivamente do profissional e se este, por sua vez, almeja um melhor cargo e uma maior remuneração, ele não deve esperar pela contrapartida da empresa, mas antes iniciar o movimento. Mas esse movimento não é uma cobrança por promoção e muito menos manifestar sentimentos como “não sou reconhecido”, ninguém me oferece uma chance”. Esse impulso deve partir “do que precisa ser feito”, ou seja, onde quero chegar, onde estou, onde preciso me desenvolver e AÇÃO.

5)      Para os mais jovens em início de carreira, é necessário aprofundar-se e interessar-se pelo seu cargo, seu papel, que contribuições a mais podem ser dadas a fim de, não apenas atender as expectativas da gestão, mas superá-las. Afinal, se no departamento existem 10 estagiários e apenas 2 vagas para efetivação, quem dos 10 vai ocupá-las? Certamente quem vencerá o desafio não é quem vai esperar para ver o resultado final, mas quem vai entregar mais e além das expectativas.

6)      Vença o “coitadismo”. Lugares de destaque e SUSTENTABILIDADE no mercado corporativo são para os que acreditam em si e em suas capacidades. Pessoas que lutam com as armas da criatividade, inovação, liderança, profissionalismo, cordialidade, compreensão, gentileza e que se preocupam constantemente com seu desenvolvimento. Conseguir um lugar de destaque já é um desafio. Garantir a sustentabilidade desse lugar é uma questão de princípios.

7)      Desenvolver habilidades além do conhecimento técnico. Habilidades comportamentais são a “chave mestra” para ampliar capacidades de liderança e melhorar potencialmente os relacionamentos intra e interpessoais.

8)      Desenvolver habilidades de oratória. Falar em público através de seminários e apresentações corporativas é uma capacidade cada vez mais demandada aos profissionais de todas as hierarquias. Mostrar resultados de uma forma assertiva, vender ideias, apresentar pontos importantes, enfim tudo isso pode e deve ser desenvolvido.

9)      Seu currículo tem que solucionar problemas das empresas. Uma boa edição de suas informações profissionais e habilidades pode ajudar bastante em um melhor posicionamento em sistemas de busca, por exemplo. O que as empresas estão buscando nas vagas anunciadas? Onde tenho mais expertise? Essa é a linha onde tenho que dar mais ênfase em minha apresentação.

10)     Para os novatos, é importante destacar as faltas imperdoáveis mais consideradas nas entrevistas de emprego: aparente desinteresse do candidato e insegurança em responder às questões. Procure estar devidamente preparado, estude a empresa e o segmento de atuação, tenha postura profissional, vista-se adequadamente e, principalmente, ouça com atenção para responder com clareza.

11)     Para quem já está no mercado:

- Pense no cargo que ocupa no momento e liste suas exigências e o que poderia ser feito a mais.

- Pergunte a si mesmo se está entregando algo a mais antes de cobrar um reconhecimento.

- Faça uma relação com o que faz de melhor tecnicamente e quais são as suas habilidades comportamentais.

- Desenvolva ações para alcançar diferenciais.

12)     Para quem está entrando no mercado:

- É preciso cuidado com armadilhas, como aceitar propostas de trabalho sem ter a visão de que elas estão ou não alinhadas ao que se deseja. É importante que o profissional defina o que faz melhor e o que gosta de fazer e, aí sim, escolha.

Enfim, as pessoas precisam encontrar sentido nas atividades que executam diariamente nas empresas. Esse é um importante termômetro para mensurar o quanto o profissional está mais próximo ou mais distante da sustentabilidade e motivação em sua carreira e o que precisa ser feito para trabalhar possíveis “gaps”.