Este artigo traz uma reflexão sobre a importância de conhecermos os sistemas de gestão de produção da organização para que seja possível implementarmos a estratégia logística correta. A função essencial da Logística é entregar o produto certo, no local certo, no tempo desejado pelo cliente e a um custo adequado, sendo assim, o aspecto do sistema de gestão de produção empregado pela organização é primordial, pois dele dependerá uma boa parte do nível de serviço ofertado aos clientes. A reestruturação dos sistemas de gestão de produção vem ocorrendo ao longo dos anos, sendo que nos últimos anos, estas mudanças vem sendo mais rápidas e constantes. Podemos dizer que, grandes partes, destas mudanças são geradas devido aos avanços tecnológicos, automação de processos, estratégias de fusões e aquisições, globalização, mudanças nas políticas públicas governamentais, mudança na cultura dos gestores e de seus colaboradores e as constantes inovações que diariamente estamos tendo contato. Ao analisar os sistemas de gestão de produção utilizados, destacamos os seguintes:
• Artesanais Quando os processos produtivos eram artesanais, os modelos de gestão de produção não necessitavam de grandes níveis de sofisticação e controle, pois nesta época os volumes produzidos ainda eram em menor escala e o nível de exigência dos consumidores não era elevado. Este momento ainda era marcado pela ausência de competitividade entre os produtores.
• Taylorista-Fordista Este modelo baseava-se na produção de volumes crescentes. ritmo intenso de produção, crescimento sem controle, centralização e especialização do trabalho; O modelo taylorista-fordista sofreu inúmeras críticas, pois o mesmo apresentava problemas quanto à motivação dos colaboradores, comprometimento, criatividade, burocracia e queda de produtividade.
• Modelo Japonês No período pós-guerra, devido a escassez de recursos e de espaço, o modelo japonês começa a repensar o modelo taylorista-fordista para produzir resultados sustentáveis e garantir o crescimento das empresas. Nesta nova forma de organização da produção, a gestão passou a transcender aos muros da fábrica, incluindo-se neste modelo a participação dos sindicatos bem como a criação de grandes conglomerados de empresas. Pode-se notar que no modelo japonês, houve um deslocamento do modelo taylorista-fordista (produção em massa) para um modelo pós-fordista (produção flexível e enxuta). A Gestão da Qualidade passa a ser uma prática constante nas empresas que optam por este modelo de organização da produção. Como princípios básicos da Gestão da Qualidade temos a filosofia da melhoria contínua, identificação e eliminação dos erros, focos nos processos, entendimento das necessidades dos clientes internos e externos, cooperação dos trabalhadores, cultura de aprendizagem, uso de métodos e técnicas estatísticas como instrumentos de mensuração de resultados.
• Toyotismo Este modelo de gestão da produção tem como pontos básicos: - A produção passa a ser puxada pelo mercado (através da venda) no lugar da produção empurrada a redução do ciclo de produção; - Evitar qualquer atividade que não adicione valor ao produto; - Flexibilização da produção; - Trabalhar com estoque zero; - Redução dos ciclos de produção; - Uso de sistemas de comunicação visual de fácil compreensão
• Volvismo A gestão baseia-se na automação e flexibilização da produção e no estímulo de grupos de trabalhos autônomos e enriquecimento das funções.
Momento do Administrador, Hélio Meirim - 31 março 2016.
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