Lidar com o gerenciamento de tempo, muitas vezes provoca
expectativa, cobrança interna, movimentos de fuga. Por outro lado, muitas
vezes, ao dominar totalmente nossas tarefas, estamos fechados para aquilo que
vem pela "intuição", para o imprevisível, para o "milagre"
que está além dos nosso projetos e estratégias
Hoje é segunda-feira, então acredito que é propício falar um
pouco sobre organização do tempo, afinal... estamos começando a semana, e em
parte pelo menos, ela será exatamente aquilo que programarmos dela, não é
mesmo? E não me venha com a ladainha de que o Universo é imprevisível. Eu sei
disso e trabalho também com o acaso. Adoro as energias aleatórias que passam
por mim, pelo meu sistema, pela minha vida...
Mas é bom entender que é sua responsabilidade lidar com as coisas
previsíveis, descobrir suas prioridades, o que o move pela semana, pelo mês,
pela vida... e definir suas ações conscientemente.
Você sabe: todo profissional independente, como eu, cedo ou
tarde se depara com a questão da eficiência e da necessidade de organizar o seu
dia, suas tarefas. Existem centenas de livros e alguns cursos sobre
administração do tempo, mas vou falar de algo meu, particular, que aprendi
entre estudos, durante minha vida como empreendedor e também através das minhas
buscas com a meditação e caminhos espirituais: uma forma prática para
administrar as tarefas, usando conscientemente a mente racional e a intuição. O
se responsabilizar e o deixar o universo resolver. Administrando a rotina e o
caos, e ficando em paz com os dois. Deixando a magia do “acaso” produzir os
milagres em nossa vida que, racionalmente, nunca seríamos capazes de fazer, por
mais que programássemos. E também, fazendo o que nos programamos a fazer, e
vendo a magia que Deus nos brinda, quando aprendemos a focar, ter estratégia,
ações corretas, flexibilidade e perseverança.
Método Eisenhower
Em primeiro lugar, vou falar do lado bem racional da coisa:
o método eisenhower. Utilizo uma variável do método, que me auxilia a separar
as coisas que farei em quatro grupos. Veja o quadro abaixo:
Inicie separando o que você tem a fazer em:
a) Urgente e
importante
b) Urgente e não
importante
c) Não urgente e
importante
d) Não urgente e não
importante
A definição do que é importante deverá vir de uma avaliação
interna, que leva em conta suas prioridades de vida. Você deverá ter muito
claro para si o que deseja em todas as suas áreas de vida, e definir quais
áreas de vida são prioridade (lembre-se: isso irá variar, de fase a fase, de
época em época. Seja flexível e aberto para mudanças). Uma das formas de você
observar suas prioridades, é dividindo a vida em alguns setores, e analisando,
por exemplo, estes aspectos:
1 – família
2 – relacionamento afetivo
3 – relacionamento social
4 – trabalho
5 – financeiro
6 – saúde física/mental
7 – espiritualidade
8 – intelectual
O que é importante, o que não é importante?
Aquilo que não é importante, não se enquadra nas suas prioridades.
Aquilo que é importante, se enquadra. É nesse momento que você irá pegar “as
fugas”, os “desvios”, “as desculpas”, “os mecanismos de defesa” que seu próprio
ego dá para não fazer o que é importante, levando-o a ficar fazendo coisas que,
fatalmente, não o levará à sensação de realização pessoal. Estas “fugas” estão
vinculadas às crenças e pesos emocionais que você herdou do seu sistema
familiar, e via de regra são ações que, ou levam você ao entorpecimento mental,
através de prazeres fugazes, ou levam você a fazer coisas para “outras
pessoas”. Em geral, você exigirá que estas “outras pessoas” reconheçam o que
você está fazendo, e como isso não ocorrerá, ficará frustrado, chateado, às
vezes, furioso. E suas metas? Ahhhhh... isso não importa, não é mesmo?
Mas você dirá: é lógico que importa! Então, pode ser que um
mecanismo de culpa e de “forçar” a realização das suas tarefas entre em cena.
Lembre-se: isso também é distorção herdada do seu sistema familiar. Culpa,
achar que você “vai conseguir de qualquer jeito”, força, medo de fracassar,
tudo isso não tem nada a ver com planejamento. É tudo neura que você herdou dos
seus pais. Algo que é importante, é importante. Você pode fazer algo
importante, sem nenhuma ansiedade. Você deve fazer sem nenhuma ansiedade. Trabalhe
o seu emocional. Elimine os pontos de cobrança interna, que o faz ficar
repetindo padrões da sua família que lhe traz desconforto.
O caminho, segundo sua intuição
A mente racional funciona com algumas sinapses padronizadas.
As respostas que você dá, diante de uma situação, em geral são as mesmas.
Faltou dinheiro - trabalhe mais! Não tem tempo – corte o supérfluo! Seus
honorários não são suficiente – aumente seu preço! São exemplos... as suas
respostas podem ser diferentes, mas entenda: a primeira resposta que vem,
diante de uma situação que você está enfrentando, é a resposta reativa. Algo
que já está programado na sua mente. Se as suas programações estão levando você
ao conforto, ao sucesso, à realização, tudo ok. Suas estratégias estão condizentes
com suas metas mais profundas. Mas caso não esteja, então é hora de acessar sua
intuição.
A intuição, ao meu ver, é algo tão normal quanto a mente
racional. O detalhe é que ela dá respostas diferentes daquela que normalmente
daríamos. Por exemplo: faltou dinheiro – vá ao parque passear! E seguindo a sua
intuição, às vezes você está andando no parque, vê um grupo de crianças,
vislumbra uma oportunidade de fazer algum negócio novo e... ganha muito
dinheiro!
Esteja presente, no aqui e agora! Esqueça as metas!
O que mais causa estresse é a sensação de “lição de casa”
que muitas vezes temos, quando fazemos nossas listas de tarefas. Esperamos, a
todo instante, que o papai ou mamãe, ou professor imaginário, apareçam para
cobrar nosso progresso. Ver o que fizemos de errado! Ficamos presos aos
resultados daquilo que iremos concretizar, e muitas vezes, por não estarem
atreladas às nossas metas mais profundas, aos nossos valores mais essenciais,
ao atingir, não vibramos tanto. E se não atingimos, vem aquela sensação de
derrota, fracasso.
A meta é só um direcionamento. Se você quer ir a uma praia,
e escolheu a cidade de Fortaleza, ok! Escolheu! Esta é a meta. O que vai
acontecer entre o agora e o dia em que você irá à Fortaleza é uma grande
interrogação. O que importa. Esteja presente no que você está fazendo agora.
Totalmente presente. Sentindo a sua mente aqui e agora. Percebendo suas
sensações físicas e emocionais. Não existe amanhã. Não existe ontem. Existe
agora. Às vezes, é necessário afastar-se um pouco dos afazeres. Pare e se
observe. Observe a si mesmo, empenhado nas suas tarefas. Está confortável?
Sente-se bem? Íntegro? Tem satisfação no que faz? E como faz? O corpo está ok?
Aprenda a meditar, querido. Seus pensamentos não são nada.
Suas emoções não são nada. O jogo da vida é uma grande brincadeira, e se você
escolheu brincar utilizando todos os seus recursos, deverá aprender a criar sua
realidade, utilizando seus recursos mentais. Fazendo estratégias. Você irá
criar castelos, para depois destruí-los. E criá-los novamente. É assim que se
brinca de verdade!
Lembre-se, querido: não há nenhum lugar a chegar. Talvez
você não chegue em Fortaleza. Talvez você não viva muito. Talvez uma linda
mulher surja na sua vida, e mude a sua história. Talvez seu filho precise de
você. Talvez uma profunda revelação espiritual pinte na sua vida... Talvez,
talvez, talvez... Pra que correr? Respire. Respire. Esteja presente. E
alegre-se com as flores que surgem no caminho. Observe os obstáculos e
problemas. Sinta todos eles. Tudo isso irá passar. Assim é a vida. É bem
simples, não é mesmo?
Fonte: Administradores



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