sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Administração do tempo sem culpa nem estresse

Lidar com o gerenciamento de tempo, muitas vezes provoca expectativa, cobrança interna, movimentos de fuga. Por outro lado, muitas vezes, ao dominar totalmente nossas tarefas, estamos fechados para aquilo que vem pela "intuição", para o imprevisível, para o "milagre" que está além dos nosso projetos e estratégias




Hoje é segunda-feira, então acredito que é propício falar um pouco sobre organização do tempo, afinal... estamos começando a semana, e em parte pelo menos, ela será exatamente aquilo que programarmos dela, não é mesmo? E não me venha com a ladainha de que o Universo é imprevisível. Eu sei disso e trabalho também com o acaso. Adoro as energias aleatórias que passam por mim, pelo meu sistema, pela minha vida...  Mas é bom entender que é sua responsabilidade lidar com as coisas previsíveis, descobrir suas prioridades, o que o move pela semana, pelo mês, pela vida... e definir suas ações conscientemente.

Você sabe: todo profissional independente, como eu, cedo ou tarde se depara com a questão da eficiência e da necessidade de organizar o seu dia, suas tarefas. Existem centenas de livros e alguns cursos sobre administração do tempo, mas vou falar de algo meu, particular, que aprendi entre estudos, durante minha vida como empreendedor e também através das minhas buscas com a meditação e caminhos espirituais: uma forma prática para administrar as tarefas, usando conscientemente a mente racional e a intuição. O se responsabilizar e o deixar o universo resolver. Administrando a rotina e o caos, e ficando em paz com os dois. Deixando a magia do “acaso” produzir os milagres em nossa vida que, racionalmente, nunca seríamos capazes de fazer, por mais que programássemos. E também, fazendo o que nos programamos a fazer, e vendo a magia que Deus nos brinda, quando aprendemos a focar, ter estratégia, ações corretas, flexibilidade e perseverança.

Método Eisenhower

Em primeiro lugar, vou falar do lado bem racional da coisa: o método eisenhower. Utilizo uma variável do método, que me auxilia a separar as coisas que farei em quatro grupos. Veja o quadro abaixo:




Inicie separando o que você tem a fazer em:

a)  Urgente e importante

b)  Urgente e não importante

c)  Não urgente e importante

d)  Não urgente e não importante

A definição do que é importante deverá vir de uma avaliação interna, que leva em conta suas prioridades de vida. Você deverá ter muito claro para si o que deseja em todas as suas áreas de vida, e definir quais áreas de vida são prioridade (lembre-se: isso irá variar, de fase a fase, de época em época. Seja flexível e aberto para mudanças). Uma das formas de você observar suas prioridades, é dividindo a vida em alguns setores, e analisando, por exemplo, estes aspectos:

1 – família

2 – relacionamento afetivo

3 – relacionamento social

4 – trabalho

5 – financeiro

6 – saúde física/mental

7 – espiritualidade

8 – intelectual

O que é importante, o que não é importante?

Aquilo que não é importante, não se enquadra nas suas prioridades. Aquilo que é importante, se enquadra. É nesse momento que você irá pegar “as fugas”, os “desvios”, “as desculpas”, “os mecanismos de defesa” que seu próprio ego dá para não fazer o que é importante, levando-o a ficar fazendo coisas que, fatalmente, não o levará à sensação de realização pessoal. Estas “fugas” estão vinculadas às crenças e pesos emocionais que você herdou do seu sistema familiar, e via de regra são ações que, ou levam você ao entorpecimento mental, através de prazeres fugazes, ou levam você a fazer coisas para “outras pessoas”. Em geral, você exigirá que estas “outras pessoas” reconheçam o que você está fazendo, e como isso não ocorrerá, ficará frustrado, chateado, às vezes, furioso. E suas metas? Ahhhhh... isso não importa, não é mesmo?

Mas você dirá: é lógico que importa! Então, pode ser que um mecanismo de culpa e de “forçar” a realização das suas tarefas entre em cena. Lembre-se: isso também é distorção herdada do seu sistema familiar. Culpa, achar que você “vai conseguir de qualquer jeito”, força, medo de fracassar, tudo isso não tem nada a ver com planejamento. É tudo neura que você herdou dos seus pais. Algo que é importante, é importante. Você pode fazer algo importante, sem nenhuma ansiedade. Você deve fazer sem nenhuma ansiedade. Trabalhe o seu emocional. Elimine os pontos de cobrança interna, que o faz ficar repetindo padrões da sua família que lhe traz desconforto.

O caminho, segundo sua intuição

A mente racional funciona com algumas sinapses padronizadas. As respostas que você dá, diante de uma situação, em geral são as mesmas. Faltou dinheiro - trabalhe mais! Não tem tempo – corte o supérfluo! Seus honorários não são suficiente – aumente seu preço! São exemplos... as suas respostas podem ser diferentes, mas entenda: a primeira resposta que vem, diante de uma situação que você está enfrentando, é a resposta reativa. Algo que já está programado na sua mente. Se as suas programações estão levando você ao conforto, ao sucesso, à realização, tudo ok. Suas estratégias estão condizentes com suas metas mais profundas. Mas caso não esteja, então é hora de acessar sua intuição.

A intuição, ao meu ver, é algo tão normal quanto a mente racional. O detalhe é que ela dá respostas diferentes daquela que normalmente daríamos. Por exemplo: faltou dinheiro – vá ao parque passear! E seguindo a sua intuição, às vezes você está andando no parque, vê um grupo de crianças, vislumbra uma oportunidade de fazer algum negócio novo e... ganha muito dinheiro!

Esteja presente, no aqui e agora! Esqueça as metas!

O que mais causa estresse é a sensação de “lição de casa” que muitas vezes temos, quando fazemos nossas listas de tarefas. Esperamos, a todo instante, que o papai ou mamãe, ou professor imaginário, apareçam para cobrar nosso progresso. Ver o que fizemos de errado! Ficamos presos aos resultados daquilo que iremos concretizar, e muitas vezes, por não estarem atreladas às nossas metas mais profundas, aos nossos valores mais essenciais, ao atingir, não vibramos tanto. E se não atingimos, vem aquela sensação de derrota, fracasso.

A meta é só um direcionamento. Se você quer ir a uma praia, e escolheu a cidade de Fortaleza, ok! Escolheu! Esta é a meta. O que vai acontecer entre o agora e o dia em que você irá à Fortaleza é uma grande interrogação. O que importa. Esteja presente no que você está fazendo agora. Totalmente presente. Sentindo a sua mente aqui e agora. Percebendo suas sensações físicas e emocionais. Não existe amanhã. Não existe ontem. Existe agora. Às vezes, é necessário afastar-se um pouco dos afazeres. Pare e se observe. Observe a si mesmo, empenhado nas suas tarefas. Está confortável? Sente-se bem? Íntegro? Tem satisfação no que faz? E como faz? O corpo está ok?

Aprenda a meditar, querido. Seus pensamentos não são nada. Suas emoções não são nada. O jogo da vida é uma grande brincadeira, e se você escolheu brincar utilizando todos os seus recursos, deverá aprender a criar sua realidade, utilizando seus recursos mentais. Fazendo estratégias. Você irá criar castelos, para depois destruí-los. E criá-los novamente. É assim que se brinca de verdade!

Lembre-se, querido: não há nenhum lugar a chegar. Talvez você não chegue em Fortaleza. Talvez você não viva muito. Talvez uma linda mulher surja na sua vida, e mude a sua história. Talvez seu filho precise de você. Talvez uma profunda revelação espiritual pinte na sua vida... Talvez, talvez, talvez... Pra que correr? Respire. Respire. Esteja presente. E alegre-se com as flores que surgem no caminho. Observe os obstáculos e problemas. Sinta todos eles. Tudo isso irá passar. Assim é a vida. É bem simples, não é mesmo?



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